Seja Bem-Vindo!

Blog da Nutricionista Danielle A. Fernandes dos Santos - CRN-3/29571

CUIDAR DA SUA ALIMENTAÇÃO É CUIDAR DA SUA SAÚDE! SEU FUTURO PODE ESTAR DENTRO DO SEU PRATO!!

quarta-feira

Os Perigos da Obesidade

            A cada dia, a obesidade torna-se mais prevalente na grande parte dos países do mundo, sendo já considerada uma epidemia mundial. O Brasil passou nos últimos anos por um processo que denominamos Transição Nutricional. Trata-se de um período de alteração do perfil da população, uma diminuição no número de indivíduos acometidos por doenças relacionadas às deficiências nutricionais e um aumento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, que, na maioria das vezes, estão relacionadas à obesidade. Hoje, no Brasil, aproximadamente 32% da população é obesa!
            O método mais comum para definição da obesidade é através da determinação do IMC (Índice de Massa Corporal). É considerado obeso o indivíduo que possuir IMC maior que 30 Kg/m2.



            Definir a causa da obesidade é um processo difícil devido aos vários fatores que envolvem essa patologia. Porém, sabe-se que a obesidade decorre da interação entre fatores dietéticos e ambientais, considerando também uma predisposição genética. A diminuição do Gasto Energético Basal (por exemplo, na interrupção da prática de atividade física) também é uma das causas da obesidade, além disso, o envelhecimento diminui a massa magra e, portanto, acaba por reduzir o metabolismo, aumentando, assim, a chance de obesidade. As desordens endócrinas correspondem a menos de 1% dos casos de obesidade.
As principais conseqüências e perigos da obesidade são
- Diabetes Melito (DM) tipo 2: principalmente relacionado a gordura localizada na região abdominal (a obesidade aumenta o risco de DM em 10 vezes)
- Hipertensão
- Doenças cardiovasculares - DCV (para cada 10% de aumento de peso corporal, há aumento em DCV em 20%)
- Neoplasias (cânceres)
- Disfunções Endócrinas (como a Síndrome dos Ovários Policísticos)
- Cálculo Vesícula Biliar
- Problemas pulmonares
- Artrites
O tratamento da obesidade é duplo! A mudança na alimentação e atividade física precisam andar juntas! Por isso, o acompanhamento profissional é tão importante! Pense nisso!

segunda-feira

Você sabe o que é Doença Celíaca?

Glúten é o nome dado à proteína presente no trigo, no centeio, na aveia, na cevada e no subproduto da cevada que é o malte. A intolerância permanente ao glúten é denominada Doença Celíaca, que caracteriza-se pela atrofia total ou subtotal da mucosa do intestino delgado proximal e conseqüente má absorção de alimentos, em indivíduos geneticamente susceptíveis.
Na forma clássica, a forma mais freqüente e que se inicia nos primeiros anos de vida, os sintomas são: diarreia crônica (que dura mais de 30 dias), dor de barriga, barriga inchada, humor alterado (irritabilidade ou apatia), perda de apetite, desnutrição, anemia, vômitos, emagrecimento ou pouco ganho de peso, atraso no crescimento.
            Já na forma atípica as manifestações digestivas estão ausentes ou, quando presentes, ocupam segundo plano. Os pacientes deste grupo podem apresentar manifestações isoladas, como por exemplo: baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral, artralgia ou artrite, constipaçãointestinal, hipoplasia do esmalte dentário, osteoporose e esterilidade.
O tratamento da Doença Celíaca é basicamente dietético, devendo-se excluir o glúten da dieta durante toda a vida, tanto nos indivíduos sintomáticos, quanto assintomáticos. A adesão à dieta, além de ocasionar o desaparecimento completo dos sintomas e de melhorar a qualidade de vida, evita a ocorrência de complicações.
Apesar da dificuldade no seguimento a longo prazo da dieta restrita em glúten, a completa adesão do paciente é indispensável ao tratamento. São considerados alimentos permitidos: arroz; grãos, como feijão, lentilha, soja, ervilha, grão de bico; gorduras; óleos e azeites; legumes; hortaliças; frutas; ovos; carnes e leite.
O glúten pode ser substituído pelo milho (farinha de milho, amido de milho, fubá), arroz (farinha de arroz), batata (fécula de batata), e mandioca (farinha de mandioca e polvilho).
Algumas dicas importantes para o bom andamento do tratamento incluem a compreensão e ajuda dos familiares; leitura e entendimento, por parte do paciente, dos rótulos dos alimentos; a decisão por escolher os alimentos preparados de maneira simples ou frescos e evitar todos os alimentos com preparações muito elaboradas e alimentos fritos, pois, nestes últimos, a mesma porção de óleo pode ter sido utilizado para a fritura de alimentos que contêm glúten; ter cuidado na utilização de utensílios de cozinha que também podem ter sido contaminados pelo glúten e atenção redobrada em buffets, restaurantes self-service e carrinhos de sobremesa.
A sensibilidade ao glúten varia de pessoa para pessoa, ou seja, existem pessoas que logo após comerem alimentos com glúten apresentam sintomas, enquanto que outras não. Embora o paciente não apresente sintomas após comer alimentos com glúten, o intestino dele está sendo agredido após este consumo, portanto a dieta de todos os pacientes diagnosticados com Doença Celíaca deve ser totalmente isenta de glúten.

Cuidado com Dietas Restritivas!

O que são dietas restritivas? São as dietas da moda, as dietas das revistas, as dietas “milagrosas” que prometem uma perda de peso rápida. Sabe-se que a cada dia novos tipos de dietas são criados: Dieta do Suco, Dieta da Lua, Dieta da Sopa... Enfim, elas, na maioria das vezes, possuem um valor calórico muito abaixo do que é recomendado para nós (normalmente menos que 1.000Kcal/dia).

Muitas pessoas conseguem um resultado positivo através do seguimento dessas dietas, porém, vários prejuízos são observados, alguns deles são listados a seguir:

- Difícil seguimento. Dificilmente uma pessoa conseguirá seguir uma dieta por muitos meses, isso porque, normalmente esses cardápios padrões fogem muito do que é habitual em nosso convívio social.

- Perda de Peso não saudável. Quando perdemos peso rapidamente, corremos o risco de perdermos água, massa muscular ou outros substratos ao invés de gordura. O peso perdido rapidamente é facilmente recuperado. Semanalmente perca aproximadamente 800g.

- Consumo insuficiente de micronutrientes. Quando nosso consumo calórico diário é menor do que nosso gasto energético basal, ou seja, o quanto de energia precisamos para que nosso corpo funcione bem, provavelmente iremos ingerir uma quantidade insuficiente de vitaminas e minerais. 

Portanto, o ideal é perder peso com saúde! E conseguimos isso não com dietas restritivas, e, sim através de uma reeducação alimentar, com alteração gradual dos hábitos alimentares.